Escolaridade é o diferencial para segurar emprego durante a crise econômica
De acordo com os dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) do Ministério do Trabalho, os trabalhadores com ensino superior formam um grupo que recebeu menor impacto com a onda de desemprego que atingiu 2 milhões de postos formais em 2016.
Desde 2010, as vagas mais qualificadas foram as únicas com crescimento no ano anterior (1,5%). com 145 mil postos de trabalho, o grupo manteve uma tendência de crescimento.
Porém, os trabalhadores com ensino superior sentiram a crise com a perda do poder aquisitivo. Os anos a mais de estudo apenas garantiram os empregos, mas não preservaram a renda desses profissionais.
Segundo especialistas, na crise o primeiro movimento do empregador é substituir o profissional mais caro por outro mais barato. Como o salário mínimo baliza a renda dos menos instruídos, o ajuste é feito entre os mais qualificados.
Os dados do Ministério do Trabalho apontam para algo positivo. Desde 2010, existe um constante crescimento da escolaridade na força de trabalho. A participação dos empregados com ensino superior aumentou quase cinco pontos, de 20,6% para 25,3% do total da força.